quinta-feira, 9 de julho de 2009

Hoje, 09/07/2009 - Primeiro Escrito

Há algo que me impulsiona a dizer palavras que, comigo guardadas, estão guarnecidas de pó, não por desleixo, mas precaução. Cuidado nunca é demais só que a prudência às vezes cansa. E é por estar cansada que, num ato já refletido em muito designo-me aqui a escrever tais linhas.
Primeiramente este não será um relato religioso, deixo às claras esta explanação e peço, encarecidamente ao leitor (se é que estes existirão...) que não julgue isto aqui precipitadamente, tal qual o vulgar julga o livro. Como todo código por ser engendrado por uma força maior que move toda a corrente de pensamento humano; máquina complexa; também as palavras vão além da forma como são postas ao mundo e o texto apresenta um maior significado nos espaços "vaziocheios", entre as linhas. Feito as concernentes apresentações e tomadas as devidas providências preventivas, começo a narração efetiva desta que é a história de uma vida, desta que é a manifestação física de personagens que me acompanham e me modificam ao longo de toda a minha existência consciente, destes que são mitos, arquétipos que, por não ficarem apenas no nível mais profundo do aparelho psiquico, passam da categoria de conceitos etéreos para a de entidades extra-físicas, dotadas de forma, corpo e alma... e também orgulho e vaidade.
O lugar onde tudo isto começa não pertence a nenhum catálogo de endereços, a ele não foi reservado sequer um pedacinho do atlas mundial ou de qualquer outro mapa que possa representar território que for deste nosso imenso globo azulado. Um lugar sem nome, sem regras muito definidas, que mais se assemelha à uma casa que está sendo construída ao sabor dos massons do que a planta de um edifício. Mas, para todos os efeitos, e principalmente pela forte semelhança já que se trata de símbolo último do alfabeto não muito utilizado para iniciar nomes prórios ou outros que seja, eu o chamarei de Z.
Z foi, segundo me consta (e não menciono aqui as minhas fontes) o primeiro espaço experimental de que o talento do nosso Criador fez uso para o brotar da terra àqueles que seriam, segundo o mesmo, sua obra-prima: os efêmeros. Seres especiais, por conter com tamanha perfeição tudo o que o Criador julgava fazer jus ao termo "Imperfeito", os efêmeros foram criados a semelhança Dele tal qual os seus filhos primeiros, os primôgenitos Midigares, seus irmãos de procedência, que eram mais avançados no que concerne a escala evolutiva. Porém, se os primeiros foram agraciados com conhecimento e eternidade, aos segundos foram atribuídos apenas cinco dos sentidos dados aos Midigares: o poder sentir e identificar o cheiro de todas as coisas que os circundavam, o poder ouvir e entender estas mesmas coisas, o poder tocar nelas, vê-las e o poder do pensamento.Mas havia um sentido último e único por ser somente deles, já que os primogênitos eternos não o possuiam por não terem a necessidade física da alimentação: o paladar era um presente divino pois poderia transformar em prazer a necessidade de abastecer o corpo para usufruir da vida.
agora preciso encerrar, pois que o meu corpo e minha alma já encontram-se cansados. Este tema absorve muito da minha energia. Não sei se continuarei com esta narração, porém já me sinto satisfeita de ter feito estas poucas linhas que são como um ensaio para escritos futuros.

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